Thursday, February 28, 2008

Família

O papel da família tem tido um papel engraçado: de extraordinariamente importante, a completamente insignificante. Desde as o sistema de castas e herditariarismos para o simples camponês ou operário que tinha filhos tipo fábrica com linha de montagem e fabricação em série, úteis para trabalhar. O papel da família, em termos emocionais, parece-me a mim que cada vez vai tendo menos valor. Á excepção de serem transmitidos valores, parece que a relação pai - filho baseia-se numa atitude parasita do filho, aproveitando-se do amor (ou obrigação social) dos pais para sobreviver e ter os seus luxos e vontades satisfeitas sem o mínimo trabalho. Cada vez mais os filhos vão tendo uma atitude de desrespeito para com os seus progenitores, talvez também por estes pouco terem a ensinar e basicamente, não serem grande exemplo para os filhos. Vive-se uma fome de riqueza e fama, toda a gente quer ser “alguém”, evitando realizar-se de que ser famoso e rico não é por si só garantia de ser alguém (enfim, talvez o seja neste mundo podre em que vivemos). Os pais vão sendo antiquados, não se conseguem adaptar a uma sociedade em rápida evolução. Uma cada vez melhor adaptação a este ritmo frenético tenha talvez sido possível nos países porta-estandartes da evolução humana a partir de meados dos anos 60, apesar de as mudanças serem tantas que nunca as novas gerações confrontaram a evolução de modo tão errado como nessa altura. O dealbar de uma sexualidade livre e sem preconceitos foi morta à nascença por uma mentalidade de excessos e não existência de controlos ou regras que sempre fazem necessidade á organização humana, e nós, geração em que me incluo, vivo a consequência dessa geração exagerada. Em Portugal, especificamente, o pós-revolução de Abril, ocorrida num pais profundamente atrasado em relação a todo o mundo civilizado, foi especialmente grave, criando toda uma aura de actuais pais que têm opinião sobre tudo e que se julgam, não o admitindo, no direito de ter razão por ter uma opinião, vivendo ainda em muitos casos uma sensação de “sou livre faço o que quero”. Muitos pais não conseguem aguentar o facto de o mundo pura e simplesmente ser imperfeito e por isso ser massacrado por uma eterna injustiça, nunca tudo será igual para todos, nem nunca todos teremos o mesmo. E muitos filhos crescem e aprendem dentro de essa noção de liberdade que mais tarde os “obriga” a atropelar a liberdade de outros, de modo a poderem ser “livres”. Apesar de toda esta á vontade avant-garde de se viver e errar, existe também o outro lado, um “mundo” completamente conservador, que procura nos costumes passados uma rede de trapezista para ter certas atitudes e certas justificadas, ideias e manias que por muito erradas que sejam, por serem já antigas e praticadas são “certas”. Vivemos todos assim, basicamente, num limbo, em que queremos ser muito pá frentex e modernos e contemporâneos, mas volta e meia, confrontados com a necessidade de sermos realmente fortes, corajosos, tomar decisões que mudem o mundo e tenham consequências, acobardamo-nos e refugiamo-nos na sacanice do passado. Este tipo de valores, esta luta contra este tipo de medianismo intelectual e humano que hoje é epidémico, considero ser o principal motivo de ser de ma família. Porque passada a infância de uma criança, toda aquele rede social da família passa a ser pequena demais. Facto disso é de os ricos terem os seus connects,e os pobres os gangs. Não passa tudo do mesmo, um grupinho de filhas da puta que limpam a merda uns dos outros quando se fode alguém ou algo. E é este tipo de valores que hoje infelizmente, directa ou indirectamente, as famílias acabam por passar ás suas descendências. É também esta filha da putice generalizada que a sociedade ensina, pois infelizmente (pelo menos me Portugal) quem é aldrabão é que se safa. Devido á família também cada vez ter menos peso, as pessoas vão sendo cada vez piores, digo eu... talvez. Por outro lado, o romper com a “escravidão” de vontades perante os pais é talvez o derradeiro momento de coragem na vida de uma pessoa, o primeiro pelo menos, o que define a sua mudança de puto maricas a homem responsável pelos seus actos. (este romper não é ir contra a vontade dos pais sem conhecimentos disso, mas sim admiti-lo e sofrer as consequências dos seus actos). Vivemos agora um momento derradeiro da evolução humana: temos todas as possibilidades do mundo de pela primeira vez, em massa, realizar o que foi brutalmente atingido durante o renascimento e o iluminismo. Cabe-nos a nós realizar o Homem.

umbigo

Por muito que me esforço para ser o melhor ser humano que consiga, tenho de admitir que provavelmente, sou uma pessoa bem complicada de aturar. Não tolero estupides, faltas de respeito, manias, sacanices, incapacidades de se ser um ser humano digno desse nome e lutar pelo que deseja. Não me compreendo a mim mesmo, em demasiadas situações, não ajo do modo que muitas vezes quero, contrario-me amim próprio. Penso profundamente em fazer algo, eforço-me para que essa atitude prevaleça, e, no fim, nao me permito que os impulsos que desejo libertar se realizem. Não evoluio como quero, não apredo ao ritmo que desejo, não Sei o suficiente para ser a pessoa que me admiraria a mim próprio de ser. Não sou ainda, o exemplo para o mundo que tenho imperativamente de conseguir antes da morte. Revolta-me Eu.

Wednesday, February 27, 2008

fodace

eu de facto não me compreendo. Mesmo

Friday, February 15, 2008

Teste Intelectual

Qual das alineas é sinónimo de persevejo da sociedade:

a) D'ZRT

b) 4 Taste

c) Just Girls

d) Um qualquer artista com cultura musical e um gosto minimamente apurado e eclético, que percepcione a música nas suas variadas variantes.


Se respondeu a), então o leitor é um doente mental.
Se respondeu b), então o bicho que respondeu deverá encaminhar-se para um local de abate.
Se respondeu c), então a criança deverá crescer mais uns anos, afastado da sociedade, devido à sua incapacidade de sobreviver nela de modo inteligente.
Se respondeu d), então parabéns.

Thursday, February 14, 2008

Por vezes quando desenho alguém , noto que a pessoa fica meio ressentida, incomodada, não se sente á vontade pelo facto de um desconhcido, ao longe, a estar a retratar num pequeno caderninho preto. Por muito inconveniente que seja a pessoa estar a ficar horrivel no meu desenho (não saber desenhar tem destas coisas :\ ), eu não percebo o porquê de este incómodo. Eu no seu lugar estou-me completamente cagando. Queres desenhar, desenha. Acho que as pessoas, talvez, não compreendam que alguém desenhar outra, raramente (acontece, mas é raro) têm outro objectivo que o simples desenhar pelo desafio em si e um exercicio de composição e relações graficas. Não se desenha alguém porque gosta (ok, as vezes acontece, mas isso nessas alturas e declarado e óbvio). As pessoas acreditam demais na sua singularidade e individualidade. Não se consciencializam que na realidade, para os outros, os desconhecidos, não passam de alguém que por acaso também caminha, possui um nome e ídentifica-se por um número. Não são mais do que alguém que nos é impressionantemtente indiferente. Toda a gente hoje em dia julga-se especial; não são. Não digo isto com algum sentido... de xico-esperteza ou assim, nada disso, sou tão vulgar como qualquer outro, tão "um número sem face" como o resto da humanidade. Mas percebo-o. Tenho a humildade de compreender esse meu lugar no mundo, e por isso, se alguém se decide a desenhar, a tirar fotografia, a olhar, para o bem ou para o mal, divirtam-se. Têm todo o direito e é algo completamente natural, acontece. Ninguém é ninguém até fazer alguma coisa que o torne Alguém.

Wednesday, February 13, 2008

Mesmo assim ponto final

Para mim não há pessoa ou coisa que tenha lugar predefinido na minha consideração, não há amizades para sempre, amores eternos, memórias intemporais nem acções com um valor indefinido no tempo. As pessoas principalmente, demonstram o seu valor e importância nas suas acções, tudo e todos são CONSTANTEMENTE avaliados e testados. As pessoas modificam-se todos os santos dias, tu hoje não és tu daqui a um ano, nem és tu de um ano atrás. Não te comportas com as pessoas de igual modo, não és honesto de mesmo modo, não és o mesmo para todos. Só se pode assim criticar constantemente o mundo.

Sunday, February 10, 2008

Um Bom Conselho! =D

Um Cabrita por dia não sabe o bem que lhe fazia!

Friday, February 08, 2008

Saudades

Acordo. Tarde. levanto-me, sem pressas. cambaleio até à banheira, já alguém antes ligou o gás e abriu as janelas. água quente, amoleço-me, entorpecido sorrio com o meu bem estar. sabe-me bem, a água quente. tão bem que me deixo apagar durante o duche. Engraça-me o vapor de água na casa de banho.
Café, uma mini. O bom pequeno almoço nutritivo e reconfortante do jovem estudante secundário. Outra, alimentarmos-nos bem nunca fez mal. Mais uma, po caminho. uma hora ou assim de aula, chata e sem interesse. Estúpida até. Quem é que raio presisa de aulas de estória mascarada de Português? um pátio cheio de putos estúpidos, infantis, gente sem ideias formadas, subjugados a um grupo de ideias pré-concebidas, ninguém interessante, ninguém que mereça ser conhecido. Um tédio de Morte. Almoço, mais algum amigo ou dois. Bifanas na tasca e médias. Aulas de subir média e não aprender nada, um estirador. Local precioso para descansar, dormitar, Saboriar o alcool. Desenhar algo, humildemente melhor que a média da turma. O mundo é aquela escola e outra. Tudo é relativamente pequeno e, infelizmente, simplório. Não porra nenhuma na realidade imediata que me rodeia que estimule, encante. Enfim, salva-se o MD com músicas que a maioria desconhece, ignora ou escarna; felizmente a maioria da população é idiota, sossega-me. Divertidos diálogos com ridiculas jovens que se julgam ser mais do que são, pavoneiam uma maturidade e inteligente superioridade que não possuem, apanha-se tão facilmente as mentiras e aldrabices, faltas de carácter e inseguranças; nem isto é desafio, nem isto ensina nada, nem isto é útil. Casa. O desejo da adopção, estes não. Amar alguém que não nos identificamos é chato. E triste. E deprimente. E mais algo que não quero desenvolver, pensar, explorar. A vida tem disto: escolhemos de quem gostamos, com quem nos damos, por quem nos apaixonamos, mas da familia não se foge. Não faz mal, têm os seus bons momentos. Que se lixe. Hei-de recordá-los com ternura, espero. Desenhar, desafio Aprender. Superar-me. Desiludir-me. Pensar. Crescer. A música, sempre a música. Café, amigos do costume. Nada de anormal, imperial, imperial, shot, shot, imperial, shot, imperial, imperial, shot, shot, imperial, shot. Inicio de dor de barriga, imperial, momento "ooookk..." e água. Mais água. ok tá bom n mexas mais. Frustração de não ter dinheiro nem estomâgo para estar bebado. vá, mais uma. Outra. ok tá a bater, fixe, já tá o mundo em slow motion. agora sim, sinto-me bem, a sensação de estar tudo lento, o mundo calmo mas mexido, eu apreciar os sons, os momentos, o que se vê. O que se diz. Não sentir estranheza por sentir valor nos pequenos detalhes do mundo, ter a desculpa para isso! É bonito, o mundo. Podia ser melhor, tão melhor. As pessoas podia ser melhores, tão melhores. Casa de novo. A chave com mestria na fechadura, sem barulho. caminho automático e estudado para o quarto, despir, vestir pijama, deitar, fechar luz do candeeiro, merda, que sede. LEvantar, caminhar com a mão na parede, copo, torneira, água. 'Tá melhor, cama. Fecho os olhos, a barcaça abana e penso na vida, no mundo, em mim, nos outros, em tudo. Cinco mil coisas na cabeça, a fazer sentido, organizadas, lógicas. O mundo é tão deprimente. Somos tão deprimentes.
O sol na cara. Acordo. Tarde. levanto-me, sem pressas.


A vida que tive, a vida que tenho, e aquela que nunca irei ter.
A vida que outros tiveram, que têm, que nunca irei ter.
A certeza de não ter pena nenhuma de não te-las tido, gostei da minha, foi, dentro dos seus altos e baixos, boa. Irei recorda-la com saudade. Tantas Saudades. A nostalogia move-nos por dentro, a Saudade é sentimento tão terno.