Sofro sempre com a tua ausencia, sofro mais com a tua presença; não és nem foste, nunca serás, tão boa como eu. Sabemos ambos que se as pessoas estivessem categorizadas em patamares tu estarias num qualquer inferior ao meu, fui sou e serei sempre superior a ti, poucas vezes roçaste o meu mais baixo momento de glória. Não é Ego elevado, não é alienação do que me rodeia, é simplesmente mediocridade tua.
E, mesmo assim, encantas-me. Não percebo como, nem sequer porquê, mas tu és algo superior ao meu bom senso. Por mais que racionalize, sobrepões-te: não és Bela, não tens um invejável físico, não tens uma adorável personalidade, não te preocupas com quem quer que seja a não ser tu própria, és basicamente uma besta. Mau ser humano, não chegas a ser sequer pessoa. Por mim, morrias numa valeta, abandonada de qualquer compaixão. Mas quero-te.
Desejo-te de uma modo estúpido, de uma maneira incompreensivel, ridicula, idiota e absurda. Ter-te seria estranho, creio até que triste, mazoquista talvez.
Gostava de ser Grunho. Estúpido mesmo. Pensar como os animais e as pessoas "gaja, bora", "Cona, siga", "é muita boa, tá muita bom". Era fixe. Popular até, numa de puto crescido que ninguém sabe como mas admira pela capacidade incompreensivel de engatar o sexo oposto com estranha facilidade que todo o sexo masculino quer e todo o sexo feminino deseja (viva o mais basico darwinismo)...
A solidão é fodida.
Com tanta gente conhecida. Com tanta coisa vivida. Com tanta memória numa mente incapaz de lembranças, uma pessoa sente-se absurdamente sozinha. Acordas e deitas-te a pensar que toda a tua vida será uma máscara e mentira, uma falsidade cinica que toda a gente aplaude e lembra, critica ou aplaude.
Ninguem gosta ou gostará de ti, toda a gente terá SEMPRE a sua agenda própria, toda a gente quer saber de si e está-se a cagar para o próximo, todos nós criamos o nosso quinhão de sociedade isolada em si mesma, centrada na nossa pessoa. Todos nós conhecemos meio mundo e não conhecemos ninguém, até ao absurdo de não nos conhecermos a nós próprios.
A metafisica é coisa de adolescente, questões existenciais são o dia a dia da nossa juventude e pagode adulto sobre a gerção anterior, mas é na verdade aquilo de que fugimos à medida que crescemos para não nos enfrentarmos a nós mesmos. Pensar na vida e em nós é o mais cruel acto a que nos submetemos, porque é ai que vemos o fracasso de ser humano que somos. Somos niguém, ou melhor, somos todos. Somos iguais ao mundo, não somos ninguém, somos um mesmo produto da educação a que somo submetidos ao longo de anos, uns atrás dos outros, degenerações atrás de degenerações. A mesma caca que eramos à séculos atrás, com as inevitáveis alterações que a tecnologia e conhecimento obrigam. O pensamento filosófico francês é claramente partilhado aqui apesar de o recusar: nós temos a capacidade de o alterar, o ser humano não está condenado a ser um infeliz e cruel ser vivo, nós é que escolhemos assim ser; a sociedade somos nós, e nós escolhemos (por vezes) as acções que cometemos, nós somos (em certa medida) os donos do nosso destino, nós queremos ser uns merdas. Nós não queremos pensar no que fazemos, nós não queremos perceber o que fazemos, nós não queremos ver que caminhamos numa direção linear sem saida onde progressivamente suicidamos a sociedade enquanto estrutura capaz de resistir à prova do tempo.
Sinto-me como o professor chines isolado do mundo (ver "A Longa Marcha" de Ed Jocelyn e Andrew McEwen, só assim numa de sugestão literária (confesso que o livro é relativamente desapontante) ), retido numa aldeia onde toda a população tem uma mentalidade do século XVII. Quase toda a música que gosto, toda a gente ou não gosta ou não conhece, quem conhece raramente (verdadeiramente) aprecia. Quase ninguém lê, ridicularizam esse acto basilar de crescimento intelectual. Entre um documentário e uma porrada de wwf, viva a wwf, ver cacetada combinada é que satisfaz o pessoal. Saber o que o regime Nazi ou Estalinista fazia com os prisioneiros dos campos de
concentração/ gulags é saber demais e ser estranhamente extremista ( ?). Entre a historia politica do pais ou da europa nos ultimos 30 anos e uma serie merdosa (lanço a farpa à palhaça de Grey), baba-se tudo pela cinzenta.
Olho para o lado e vejo-me cercado por ganzados, cocainados, bebados (n sei ate que ponto me inclui-o nesta categoria), viciados de todo o tipo. escapes e escapes a realidade, avisados por tudo e mais alguma coisa.
Cortamos as nossas pernas por gosto. Tantos telhados de vidro. Que escravos da vontade.
Fiquei sem vontade de continuar
E, mesmo assim, encantas-me. Não percebo como, nem sequer porquê, mas tu és algo superior ao meu bom senso. Por mais que racionalize, sobrepões-te: não és Bela, não tens um invejável físico, não tens uma adorável personalidade, não te preocupas com quem quer que seja a não ser tu própria, és basicamente uma besta. Mau ser humano, não chegas a ser sequer pessoa. Por mim, morrias numa valeta, abandonada de qualquer compaixão. Mas quero-te.
Desejo-te de uma modo estúpido, de uma maneira incompreensivel, ridicula, idiota e absurda. Ter-te seria estranho, creio até que triste, mazoquista talvez.
Gostava de ser Grunho. Estúpido mesmo. Pensar como os animais e as pessoas "gaja, bora", "Cona, siga", "é muita boa, tá muita bom". Era fixe. Popular até, numa de puto crescido que ninguém sabe como mas admira pela capacidade incompreensivel de engatar o sexo oposto com estranha facilidade que todo o sexo masculino quer e todo o sexo feminino deseja (viva o mais basico darwinismo)...
A solidão é fodida.
Com tanta gente conhecida. Com tanta coisa vivida. Com tanta memória numa mente incapaz de lembranças, uma pessoa sente-se absurdamente sozinha. Acordas e deitas-te a pensar que toda a tua vida será uma máscara e mentira, uma falsidade cinica que toda a gente aplaude e lembra, critica ou aplaude.
Ninguem gosta ou gostará de ti, toda a gente terá SEMPRE a sua agenda própria, toda a gente quer saber de si e está-se a cagar para o próximo, todos nós criamos o nosso quinhão de sociedade isolada em si mesma, centrada na nossa pessoa. Todos nós conhecemos meio mundo e não conhecemos ninguém, até ao absurdo de não nos conhecermos a nós próprios.
A metafisica é coisa de adolescente, questões existenciais são o dia a dia da nossa juventude e pagode adulto sobre a gerção anterior, mas é na verdade aquilo de que fugimos à medida que crescemos para não nos enfrentarmos a nós mesmos. Pensar na vida e em nós é o mais cruel acto a que nos submetemos, porque é ai que vemos o fracasso de ser humano que somos. Somos niguém, ou melhor, somos todos. Somos iguais ao mundo, não somos ninguém, somos um mesmo produto da educação a que somo submetidos ao longo de anos, uns atrás dos outros, degenerações atrás de degenerações. A mesma caca que eramos à séculos atrás, com as inevitáveis alterações que a tecnologia e conhecimento obrigam. O pensamento filosófico francês é claramente partilhado aqui apesar de o recusar: nós temos a capacidade de o alterar, o ser humano não está condenado a ser um infeliz e cruel ser vivo, nós é que escolhemos assim ser; a sociedade somos nós, e nós escolhemos (por vezes) as acções que cometemos, nós somos (em certa medida) os donos do nosso destino, nós queremos ser uns merdas. Nós não queremos pensar no que fazemos, nós não queremos perceber o que fazemos, nós não queremos ver que caminhamos numa direção linear sem saida onde progressivamente suicidamos a sociedade enquanto estrutura capaz de resistir à prova do tempo.
Sinto-me como o professor chines isolado do mundo (ver "A Longa Marcha" de Ed Jocelyn e Andrew McEwen, só assim numa de sugestão literária (confesso que o livro é relativamente desapontante) ), retido numa aldeia onde toda a população tem uma mentalidade do século XVII. Quase toda a música que gosto, toda a gente ou não gosta ou não conhece, quem conhece raramente (verdadeiramente) aprecia. Quase ninguém lê, ridicularizam esse acto basilar de crescimento intelectual. Entre um documentário e uma porrada de wwf, viva a wwf, ver cacetada combinada é que satisfaz o pessoal. Saber o que o regime Nazi ou Estalinista fazia com os prisioneiros dos campos de
concentração/ gulags é saber demais e ser estranhamente extremista ( ?). Entre a historia politica do pais ou da europa nos ultimos 30 anos e uma serie merdosa (lanço a farpa à palhaça de Grey), baba-se tudo pela cinzenta.
Olho para o lado e vejo-me cercado por ganzados, cocainados, bebados (n sei ate que ponto me inclui-o nesta categoria), viciados de todo o tipo. escapes e escapes a realidade, avisados por tudo e mais alguma coisa.
Cortamos as nossas pernas por gosto. Tantos telhados de vidro. Que escravos da vontade.
Fiquei sem vontade de continuar
2 comments:
O MINHA BESTA, k merdsa vem a ser esta........
MAS TU .........FUMAS-TE.....
Escreves muito, e bem! A tua composição flui tão harmoniosamente como se tratasse de um puro pensamento intrínseco, espectacularmente exposto no ecrã.
Pelo comentário acima, não vou tirar qualquer conclusão, mas confesso-te que também escrevo e bastante quando fumo de vez em quando, e muitas vezes adoro o resultado, se bem que não o exponha a alguém. Apenas uma forma de elevar o meu ego. Sinto-me embaraçado porque possa soar-te estranho, mas gostava de te conhecer melhor, e talvez trocar contacto para trocarmos alguns pontos de vista. Posso-te indicar que uso um pseudonimo, sou jovem e straight. Saudações e continua escrevendo!
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