Wednesday, September 23, 2009

O Pais das Maravilhas

De facto, a riqueza de um pais faz-se pelas PME's, é aqui que grande parte da riqueza de um pais é criada, e portanto, é aqui que reside o backbone de uma nação. No entanto, de nada serve alimentar este pequeno monstrinho, já que o problema estrutural de Portugal (e provavelmente do mundo) reside precisamente no modo como as pequenas e médias empresas funcionam ou, melhor dizendo, como a riqueza que geram é distribuida. É inegável a qualquer trabalhador portugues as quantidades ridiculas de vezes em que se é explorado no trabalho, tal como é ridicula a quantidade de vezes em que os mesmos patrões que se dizem tão defensores de uma igualdade, de uma maior distribuição da riqueza, de uma maior igualdade, de toda e qualquer patranha igualitária dita apenas para compaixão do próximo e aumento do seu mesmo capital sejam depois na realidade os que mais exploram o proletariado. O País é, e será sempre pobre, pois a grande massa populacional não tem meios de subsistencia decentes. O patronato desejará sempre pagar o ordenado minimo, independentemente da ocupação do seu trabalhador/ suburdinado, isto é regra em todo e qualquer meio de trabalho, e só não paga menos porque não pode. Haverá ainda os que "podem" pagar menos, arriscando-se a sofrer com uma fiscalização laboral que não existe, permitindo um misto de escravatura remunerada com desespero salarial em que grande parte da população vive (basta perguntar a um empregado de café ou restaurante quanto ganha para de imediato se perceber a sacanice nacional em que todos ocorremos e ocorreriamos se na pele do Patrão estivessemos). Isto não pode no entanto ser criticavel, pois como já disse acima, na mesma situação todos agiriamos do mesmo modo; é caractristico do ser humano não ser alturista, e por isso sempre desejamos mais para nós em vez de o melhor para todos. Parece-me assim claro que o melhor para todos não pode ser lago deixado às regras do mercado, não se pode esperar que este seja digno para com o ser humano e se auto-regule, não se pode esperar que a bondade humana impere no mundo empresarial. Urge por isso a necessidade de penosas punições para quem não cumpre a lei, para quem não remunera consuante o trabalho em questao e para quem falta aos cumprimentos: é a base de um estado de direito em que de facto as pessoas trabalham para viver, e não sobreviver mal e porcamente.

As PME's vivem actualmente, de facto, periodo negro, a "Crise", monstro constante no imaginario portugues desde que me lembro (a sua raiz está talvez em 1700 e qualquer coisa) destroi a inciativa privada desde sempre. O curioso é que apesar disso há sempre empresas e companhias que conseguem ainda assim criar lucro e sobreviver, muitas até lucros espantosos (quem diria, em portugal!). No entanto a principal workforce vive no tal ordenado minimo. Que por sinal, nem para mandar cantar um cego chega. E que por sinal é ganho num qualquer trabalho enfadonho mas de imperativa importancia, desde as 8h até as 5h, com uma hora de almoço. Enquanto estas pessoas, esta basilar força motriz, não tiver condiçoes para comprar casa, ter carro, comer carne e peixe quando quiser, ir ao cafe, sair com os amigos, etc etc etc, nunca nada vai andar bem, pois não haverá uma quantidade suficiente de pessoas a pagar luxos, consumo, que permita a existencia de ainda mais empresas, ainda mais serviços, de uma economia. A ocorrencia de gestores e semelhantes gurus empresariais parece.me a mim a maior idiotice à face da terra, desde o seu "nascimento" as mepresas cresceram exponencialmente em termos de lucro mas à custa do assassinio da economia. Enquanto que uma empresa ganha incomensuravelmente por pagar uma miseria a grande parte dos seus trabalhadores e uma fortuna as sanguessugas que decidem estas politicas, a sociedade no geral ressente-se por a pequena elite gerar fortuna que guarda em bancos e ocasionalmente gasta em putas e vinho verde e a granda maioria trabalhadora mal ter capital para pagar a gasolina casa e comida. ISto não sustenta um pais. Nunca sustentou, nunca sustentará. A única coisa que, ao longo de milénios, este tipo de Feudalismo criou foram profundas desigualdades sociais e atritos entre classes sociais, resultando invevitavelmente em revoluçoes e golpes de estado e outras brincadeiras que em nada ajudam aum desenvolvimento humano continuo e fluido. Aliás, esta idiotice geral tem tido como absurdo resultado uma criação continua de tecnologia de guerra que é depois aproveitada pela sociedade civil.

Parece-me assim que uma resolução incrivel simples para este problema poderia ser atingida com uma medida, apenas uma, que a ser implementada e fiscalizada para que de facto acontece-se, resolveria grande parte dos dramas sociais que hoje vemos. O maior ordenado dentro de uma companhia, seja ela qual for, de que ramo for, pública ou privada, não interessa, poderia apenas ser 5 vezes superior ao mais baixo. E isto com todas as aldrabices que se costuma fazer (telemoveis e carro e casas pagas por empresa, bonus de produtividade e essas mordomias todas). Por exemplo, o mais miseravel so ganhava 1000€. pois bem, o patrão só poderia ganhar 5000€. Como patrão algum só quer ganhar 5000€, quando subia o seu subiria também o dos seus subordinados. e assim o gap entre ricos e pobres (que e afinal o centro da discordia) reduziria-se. o Dinheiro teria mais valor. Seria mais bem aproveitado, existiria mior quantidade a mudar de maos para maos, mais zé povinho a gastar e mais zé povinho a ganhar, mais patronato a ter onde gastar fortunas e mais fortunas a serem geradas. Após esta pequena medida simples de se controlar e vigiar estar em prática, após estar assegurada uma mais justa divizão do capital pelas PME's (e grandes empresas, isto serve para todas), está-se então em condições de dar ajudas monetárias às PME's para que estas cresçam, ao invés de apenas crescer o bolso dos conselhos de administração e patronato.

Simples não é?

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