Sunday, January 04, 2009

"tu"

nunca percebes-te o porque. nunca compreendes-te porque eu por vezes não te queria ver, porque não queria olhar, não queria a tua presença. porque eu não era normal. lamento, só não o era. Eu sei, pretendias mais do mesmo, uma ligeira diferença, outro nome com a mesma semelhante história. Não foi. Não sou capaz. Tentei, supus poder fazer-te a vontade, mas não deu, era algo demasiado estranho a mim. A tua aparente diferença por detrás da tua igualdade ao resto do estereotipo comum que se cola à tua idade e geração atraia-me. atraia-me e atrai, não me livro disso, não sou capaz de escapar a esse engodo. Admito-o e aceito-o como a falha pessoal que me é. Mas desiludiste-me tanto. Nao conseguis-te ser de facto diferente, nem aceitar na totalidade essa diferença. e é tão simples, tão fácil de aceitar, tão apesar de tudo igual ao resto; apenas não conformada com essa mesma igualdade. A tua falta de sinceridade (não te acuso de desonestidade pois, para ser honesto, percebo-te, também eu se não fosse eu seria provavelmente assim, agindo de certo modo cobardemente ecovenhamos, inseguramente (apesar de eu próprio ser a Coisa mais insegura de sempre)) doi-me tanto. Não te custava nada baixar os braços e pura e simplesmente ser honesta, clara, não fazer esse tipo de jogos e manipulações, esse usar com receio de um futuro inseguro e inconcreto noutra pessoa. Essa tua incapacidade de perceber que eu não gosto nem acredito na diversão de certos jogos emocionais por pura e simplesmente compreender o valor e importancia disso mesmo, de sentimentos, por vulgares e superficiais que sejam. Bom, desmancho a falsa mascara por ti: percebo-te perfeitamente, cometo constantemente o mesmo nojo, a mesma falta de respeito, fodace todos cometemos. O que mais me enjoa em ti é não me enjoares e o facto de quando olhar para ti me ver a mim, com todos os possiveis defeitos que carrego e praticamente nenhuma das qualidades. Apesar disso não esqueço o que não tivemos. E tu nunca percebes-te porque. Nem eu te deixarei jamais perceber

0 comments: