Friday, December 05, 2008

Tão claro como a água

O mundo não vai mudar. Bom, pelo menos para melhor não vai. A classe politica que domina o pais está demasiado podre, demasiado embrenhado numa teia de favores e direitos obscuros, corrupções e amizades de circunstância. A única maneira de mudar isto é despejar TODA a classe politica existente hoje em dia. Só assim, a retirada súbita de poder, não anunciada e não esperada, impossibilitadora de criação de estratégias que permitam a continuação de influências manipuladoras das figuras pertinentes no cenário da tomada de decisões. Ao mudar toda a gente, ao retirar-lhes toda a capacidade "pessoal" de decidir o que quer que seja, a sobrevivência "politica" destas tristes personagens remte-se à corrupção activa através das mais variadas formas: subornos monetários, entrada em negócios, prostitutas, imobiliário, etc. Tudo coisas portanto, relativamente fáceis de vigiar. Não o fazer seria motivo suficiente para justificar uma retirada à força do poder (pois a bem nunca sairiam, não se pode ter a inocencia estúpida de acreditar que as referidas tristes personagens nada fariam para perder o seu posto). Estas personagens, seriam, assim, facilmente controladas, mais não seja pelo medo (meio de controlo básico e basilar da humanidade desde a sua fundção, por assim dizer) de sofrer na pele represálias de motins irados; a morte sempre foi um incentivo espetacular.

Com o evento de um parlamento completamente novo, o resultado imediato era obvio: fantoches politicos. Poucos mais seriam. Afinal, vêm todos dos partidos, das suas jovens fileiras. Juventudes a, b ou c, todos a mesma coisa. E lá iamos bater no fundo de novo: a velha guarda iria estender o seu tentaculo, da forma possivel, agarrando toda esta camada jovem. Esta geração está, portanto, queimada. Vejamos: O poleiro agora está ocupado pela geração de Abril, crescidos politicamente no periodo das opurtunidades politicas, nos resticidios dos ideais politicos do pós-revolução. De um periodo onde a liberdade era tão confundida com libertinagem, com irresponsabilidade, com enfim, euforia do momento sem pensar no futuro. Estas duas gerações, a nossa  e a próxima, estão queimadas.

A esperança pertence aos adolescentes e crianças de agora. O que é preocupante, visto que a actual pôs já em marcha o comboio da estupidificação ao permitir um ensino semelhante ao programa "no child left behind" (que deu no que se sabe).

CAbe à geração a que pertenço, portanto, iniciar a mudança. Ser exemplo. Nada mais, pois nada mais podemos já conseguir, somos já todos demasiado merdosos para melhorar realmente o que quer que seja, fomos demasiado bem ensinados pelos que já lá estão.

1 comments:

fidalgo said...

por muitas boas intençoes que tenha, se por ventura um justo almejar um dia o poder (tarefa já de si, quase impossivel), seria dificil conservar os seus ideiais, pois a politica de favores e corrupçao está já entranhada em todos os orgaos governativos.
já nem com benzina saem estes habitos