Friday, August 29, 2008

Filhas da Putice

Há algo que me enoja e enerva profundamente: Aqueles programas da julinha e do goucha e da fátinha. É-me revoltante a maneira porca como exploram as desgraças e misérias alheias para agarrar à tv velhinhas e gente fraca conseguindo assim razoáveis retornos financeiros resultantes de audiências. Desde a criancinha que tem cancro e a vida a acabar à velhota que leva porrada do filho drogado, tudo serve para fazer sessões melodramáticas cheias de lágrima e "sentimento". Dizem-me, e com toda a razão, que ao menos assim aquelas pessoas são ajudadas. Têm a oportunidade de alguém olhar para elas. Que a TV assim os ajuda.

Alguém que quer ajudar ajuda por isso mesmo, quer ajudar. Evita protagonismo e fanfarronices, não deseja expor a caridade. Que é o inverso daquela realidade. Se o esejo fosse ajudar poderiam muito bem expor aquelas pessoas de um modo menos pastilha elastica e de igual modo ajuda-las. Podiam inclusive realmente ajuda-las, e n po-las na montra para os telespectadores mandarem a esmola quando choram.

Pior só espetaculos em que se "vendem" motvos de caridades (aka misérias humanas desesperadas por uma mão que as levante do chão). Esta atitude creio ser tão vergonhosa que... nem sei, ultrapassa-me o sentimento de nojo.

Saturday, August 23, 2008

Dúvidas existenciais

Vivemos em tempo de crise, tão disinto e igual a todos os outros que a humanidade já passou e sobreviveu. As perspectivas de melhorar, tal como o futuro sombrio tantas vezes antes, são infelizmente diminutas. Preve-se um incrivel decréscimo das condições de vida, da capacidade financeira dos cidadãos do mundo, fome, seca, crises de combustiveis, ar poluido, exposição exagerada a raios solares e radiação, um ou outro chernobyl pelo caminho, devastação ambiental e consequente aquecimento global com as suas imparáveis cheias e vagas de calor. Uma desgraça portanto. As pessoas vão, assim, progressivamente, cada vez viver pior. E cada vez terão menos economias para se sustentar. Isto da perspectiva da minha classe profissional é, tristemente, interessante. Pelo menos do modo que eu vejo: Fará sentido continuar a construir como se sempre construiu? Sobreviver evitando fazer aquilo que devia ser constante na personagem social e educativa que é o arquitecto, que é pensar, repensar e solucionar o mundo? Será sequer moralmente aceitável que um Arquitecto continue a vender projectos da casinha com telha (atenção, que nada tenho contra a telha, tenho sim contra a atitude geral de quem recorre a um desenho gasto e ineficiente ao qual a telha etá naturalmente associado!) já mais e mais que desenhado, mudando apenas a sua implantação no terreno e sem ter qualquer preocupação demais? Pode-se sequer considerar licito vender um control+copy?! Não me parece que ao Homem de consciência isso seja sequer uma opção válida, apenas o seria em caso de declarada necessidade imposta por terceiros (o arquitecto é, afinal de contas, apenas humano: também necessita da actividade chamada alimentação).

Cabe-nos a nós, creio, projectar o futuro. Prever as necessidades de quem vai ter de sobreviver num ambiente hostil como o será certamente o mundo que está para chegar. Não me parece assim muito inteligente continuar a fazer apenas 4 paredes para que os seus habitantes enchem com trabalha e mobilia que nem condiz com a habitação nem dialoga com a restante pilha de fuel para fogueira a que chamam mobilia.

A solução passa creio eu pela educação das pessoas e exigencia que temos uns dos outros. Mas isto é algo tão imediato como a chegada dos cavaleiros do apocalipse, a sua concretização revela-se de uma infeliz utopia. Assim, a solução tem de passar por outro lado. Para que as pessoas não estoirem fortunas com mobilia que no fim lhes vai criar um ambiente desiquilibrado em casa, embebe-se a casa com a mobilia. Quem compra a casa, compra ja a mobilia. Mas não mobilia num sentido geral. Não mobilia que se vai a uma loja e empilha-se contra uma parede. a parede está lá e pode e deve ser tão importante para a casa cm o é a mobilia. A parede é afnal de ocntas, aquilo que o arquitecto projecta, ela sim define o espaço habitado, não o bocado de madeira onde depois se empilha livros e revistas cor-de-rosa. O arquitecto tem o dever de procurar novos modos de viver quando a actualidade assim o exige, como creio ser o caso dos dias de hoje, tal como Fourier teorizou e Godin (felizmente) conseguiu concretizar, e cuja influencia dura até hoje, hoje temos o dever de também reinventar isto como eles mesmo fizeram. A casa hoje não é mais o que era, não mais "vivemos" em casa. Comemos, dormimos, fazemos sexo, volta e meia lemos/vemos tv, uma pequena festa intima, pouco mais. Não se passa um dia em casa. A casa é hoje, mais que outra coisa, um quarto de hotel onde se pode cozinhar. As exigencias da vida profissional e social, da falta de conhecimentos e impraticabilidade de muito tempo a cozinhar devido a falta de tempo, do stress constante e da vida em movimento que cada vez mais vai ser o dia-a-dia do cidadão comum assim a transformaram. Não faz por isso sentido, creio eu, que não se olhe para a casa de um modo racional: um espaço onde se dorme e faz sexo, procede á higiene e, ás vezes, se cozinha. Necessária é também os espaços de arrumação, pois a sociedade consumista, apesar de cd vez menor devido à fragilidade financeira, vai subsistir. A casa é, portanto, pouco mais que isso: uma area social a partir da qual as dependencias do ser humano são atingiveis com a rápida proximidade de um toque numa parede, nela está tudo integrado. Á primeira vista a ideia de criar habitações sem espaço para moveis pode parecer um pouco.. exagerada. Idiota até. Talvez. Mas não o será também gastar fortunas nessa mesma mobilia para depois criar um conjunto que não satisfaz? ou se o fizer, gastar ainda assim fortunas? quando o capital necessita ser investido em prioridades maiores? ou não será pura e simplesmente esta necessidade de encher com moveis algo criado pela industria para que possa sobreviver? será realmente uma necessidade humana atafulhar tudo com coisas tão pessoais como o são peças de design fabricadas aos milhares de milhões?

A solução, parece-me de momento, passa por essa visão integrada das necessidades humanas num (ns) espaços que sejam, de facto, arquitectura, pois esta serve as pessoas e não o arquitecto.

Wednesday, August 13, 2008

Umbigo v4.0u

Para azar do crlh sou o filha da puta mais selecto que conheço, da comida ás miudas, da roupa ao estilo de vida. Não tenho no entanto a presença necessária que me permita triunfar gloriosamente com esta atitude, o que convenhamos, para mim, isto é mau. Ah, e sou um gajo com azar.

Friday, August 01, 2008

Epa...

"O que me preocupa é uma crescente, natural e progressiva consciencialização cultural de toda uma geração de adolescentes que apesar de tudo, não a concretiza na realidade. Aprendem e tomam contacto com uma serie de conhecimentos que depois ignoram por completo: têm mais que necessário para serem seres vivos honestos, verdadeiros, pensantes, quase originais, e no entnato, por simples fraqueza psicologica ou emocional, permitem a si próprios não ser mais que uma percentagem insignificante da massa estupida de um grupo etário.
Ignorância é felicidade, e quando são superficiais por ignorancia, enfim, é triste e ridiculo mas a critica não pode ir muito mais além, porque as próprias pessoas pouco se apercebem do que são. No entanto quando o percebem, quando sabem que o são, e são-no por gosto e opção.... porquê? quer dizer, que atitude pode ter uma pessoa minimamente inteligente para com esta gente senão... gozar a situação, humilha-las e enfim, usá-las? É que não vislumbro resposta..."